Questões sobre o EIA da CTRSU de S.João da Talha

(Informação)


A - Quais os maiores problemas na actual gestão dos RSU na área de intervenção da Valorsul?


Valorsul:


O principal desafio que desde a primeira hora se colocou à Valorsul, SA foi a definição de um plano de gestão integrada dos RSU adaptado às especificidades da região, tão mais premente quanto os pressupostos de produção considerado no Plano Director de Resíduos Sólidos não traduziam a realidade depois verificada de crescimentos reais da produção de resíduos significativamente superiores. De facto, se se mantiverem as tendências de crescimento da produção dos últimos anos, a capacidade da CTRSU com três linhas de incineração será excedida logo nos primeiros anos de funcionamento previsto para a Central, a menos que significativas quantidades de resíduos sejam desviadas do fluxo dos RSU, seja para reutilização, seja para reciclagem (conceito em que aqui se abrange também a compostagem).

Assim, a realidade resultante das tendências incontroláveis de crescimento de produção e do quadro jurídico-legal descrito no número 1.2 sintetiza-se num enunciado simples, inequívoco e incontornável: a partir de 1 de Janeiro de 1998, a Valorsul, SA é obrigada a receber todos os RSU produzidos na região abrangida pela concessão, incluindo os recolhidos selectivamente, numa quantidade que excede a capacidade do equipamento estruturante do sistema de tratamento e valorização que é a CTRSU.

Esta situação inevitável implica como prioridades para a Valorsul, SA:

a. assumir as linhas de orientação estratégica e respectivo calendário de financiamento e consubstanciação de um plano operacional para obtenção de metas de recuperação de RSU, ou seja, de reciclagem e reutilização de materiais separados seja por recolha selectiva, seja por triagem;

b. desenvolver a fiscalização do contrato de concepção, construção e fornecimento da CTRSU com o rigor exigido pelo seu Caderno de Encargos e pelas conclusões do Estudo de Impacte Ambiental e com a celeridade que permita, no mais curto prazo possível, adquirir capacidade para tratar e valorizar energeticamente os RSU não recuperados, reduzindo o mais possível a deposição em aterro dos resíduos não tratados;

c. definir a configuração física e logística de resposta às necessidades de deposição dos RSU e resíduos produzidos na incineração, ou resultantes de interrupções do funcionamento da CTRSU, ou ainda de atrasos na sua entrada em laboração.

Ora, se a CTRSU é um projecto cuja decisão de construção e definição de capacidade precede a criação da Valorsul, SA, já a concepção e dimensão das outras componentes do sistema de gestão integrada terá de ser objecto de estratégias e planos operacionais de intervenção a definir pela Sociedade, designadamente no que respeita à recuperação de materiais e à deposição final de resíduos não recuperados ou incinerados.

Também as necessidades de deposição final, designadamente as exigidas pela deposição de a) escórias inertes produzidas na CTRSU, b) cinzas volantes produzidas na CTRSU, c) RSU não incinerados devido a avarias ou manutenção da CTRSU e d) RSU gerados entre 1 de Janeiro de 1998 e a data de entrada em funcionamento da CTRSU, constituem um dos principais problemas da gestão integrada dos RSU nestes quatro municípios.


No seguimento desta pergunta:


B - Qual é a estratégia de gestão de RSU proposta pela VALORSUL?



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Resposta: - Não Técnica - Mais ou menos Técnica - Técnica