Questões sobre o EIA da CTRSU de S.João da Talha
Para a caracterização da qualidade do ar na envolvente da Central, considera-se ser necessário a instalação de quatro estações de medida, três delas distribuídas por freguesias do concelho de Loures e que são Stª Iria da Azóia, S. João da Talha e Bobadela e uma outra a localizar na RNET de modo a cobrir de forma representativa a área de influência da CTRSU.
"Identificaram-se em Stª Iria da Azóia dois sítios alternativos, um em Periscoche, próximo de um reservatório de água existente, da Câmara Municipal de Loures, (Fotografias 1 e 2 do Anexo II) e outro no Bairro do Estacal Novo (Fotografias 3 e 4 do Anexo II) junto à Escola do Ensino Básico (E+B) 2.3. Estas localizações coincidem com os locais onde se verificam aumentos mais significativos das concentrações de SO2 e Partículas, atribuíveis ao funcionamento da Central, Fig. I.4 e I.6 (Anexo I).
Isolinhas de concentrações de SO2
Acrescimo de concentração de particulas
Foto 1 e 2
Destas duas localizações, a primeira apresenta algumas vantagens relativas mas qualquer uma delas pode caracterizar a situação a nível da freguesia.
Foto 3 e 4
Para a estação a instalar em S. João da Talha, determinada pelo acréscimo estimado para o P98 das Partículas e o nível de SO2 (Fig. I.6 e I.4 do Anexo I), foi considerado como localização adequada a zona do Gimnodesportivo de S. João da Talha (Fotografias 5 e 6 do Anexo II).
Foto 7 e 8
Apesar das áreas da RNET e ZPE afectadas serem despovoadas, dado o seu papel fundamental e insubstituível do ponto de vista ecológico e económico, e ainda no respeitante à protecção de espécies de aves e respectivos habitats considerou-se ser importante a localização de uma estação de monitorização no extremo Sul do Mouchão da Póvoa (Fotografias 9 e 10 do Anexo II).
Foto 9 e 10
Esta última estação ao contrário das restantes, irá apresentar algumas dificuldades relativamente ao abastecimento de energia, transmissão de dados e ainda de acesso para manutenção. No entanto a sua localização próxima da Central e na direcção dos ventos predominantes conferem-lhe uma importância acrescida para a caracterização de situações críticas. É também de referir que se se proceder ao desenvolvimento de um modelo de dispersão atmosférica específico, para a previsão a curto prazo da evolução das concentrações de poluentes ao nível do solo, a recolha de dados desta estação será fundamental para a sua calibração.
Apresentam-se no Quadro I os locais potenciais para a instalação de estações de monitorização.
Freguesia | Estação | ||
S. Iria da Azóia | 1 | ||
S. Iria da Azóia | 1 | ||
S. João da Talha | 2 | ||
Bobadela | 3 | ||
4 |
* - Locais alternativos para a Estação 1.
A análise da Figura 3 permite verificar o enquadramento das estações propostas no conjunto das já existentes, nomeadamente as pertencentes à Comissão de Gestão do Ar de Lisboa e à Rede Nacional.
As estações da CGA efectuam a monitorização do concelho de Lisboa localizando-se a estação mais a Norte em Stª Maria dos Olivais (Estação nº 1).
A rede que aqui se propõe irá permitir a monitorização, da área da RNET afectada e do concelho de Loures numa zona urbano-industrial significativa. Esta rede, irá fornecer dados relativos a uma área presentemente não instrumentada completando assim a informação da rede da CGA de Lisboa. O conjunto das duas redes permitirá uma análise global da situação relativa à qualidade do ar duma região significativa." [ARVQA, pag. 6 a 8]
Na sequência de parecer solicitado ao Instituto de Meteorologia e à Direcção Regional de Ambiente e Recursos Naturais de Lisboa e Vale do Tejo sobre o anteprojecto da Rede de Vigilância de Qualidade do Ar foi decidido que esta Rede integraria mais uma estação de medida, a localizar no concelho de Vila Franca de Xira, freguesia de Póvoa de Santa Iria, no local da Subestação da Póvoa de Santa Iria. Relativamente aos locais alternativos para a localização da Estação 1 optou-se pela estação de Periscoche.