Colóquio BIBLIOTECAS E NOVAS TECNOLOGIAS:

Como combater a exclusão dos info-pobres?

Fórum Lisboa 11-13 Outubro 2000


Apresentação das Actas

Numa sociedade democrática, todos temos de estar informados para podermos exercer conscientemente a nossa cidadania. Hoje isso implica o acesso à sociedade de informação. E quem não pode usufruir desse acesso? Nesta sociedade que papel está reservado aos excluídos e aos marginalizados?

Que papel podem e, no nosso entender, devem desempenhar as bibliotecas municipais no acesso dos cidadãos à informação? De que modo podem e devem intervir, neste caso, para combater a info-exclusão?

Foi este debate que promovemos, numa altura em que se preparava o projecto para a construção da nova Biblioteca Municipal Central — sempre no pressuposto que o serviço prestado pelas bibliotecas às comunidades tem uma importância enorme, com um campo de acção muito influente e diversificado — , de modo a que esta possa prestar um real serviço público de informação (actualizada) aos munícipes e ser um espaço onde as pessoas possam utilizar (e aprender a utilizar) serviços a que doutro modo não teriam acesso. Permitir a ligação de qualquer pessoa ao progresso, passando a biblioteca municipal a constituir um espaço público do saber.

Para nos ajudar nesta reflexão, convidámos o CITIDEP (Centro de Investigação de Tecnologias de Informação para uma Democracia Participativa) para conjuntamente organizarmos este colóquio. Não foi a nossa primeira colaboração com este Centro. Em Outubro de 1999, teve lugar também no Fórum Lisboa, organizado pela Biblioteca-Museu República e Resistência e a colaboração do CITIDEP, o colóquio "Cidadania e Novas Tecnologias". E está também em estudo a hipótese de elaborarmos conjuntamente um kit cidadania, a ser disponibilizado nos nossos equipamentos.

Contámos com a participação de vários especialistas estrangeiros que nos deram a conhecer experiências já desenvolvidas nos seus países, nomeadamente: o desafio que se coloca hoje às bibliotecas públicas pela criação de novos serviços e que estratégias foram implementadas de modo a viabilizá-los; de que modo encontram organizados os serviços de auto-aprendizagem e que de modo e que tipo de utilizadores os procuram; e como funciona o acesso à Internet e ao correio electrónico; etc. etc.

Apesar das várias solicitações a que procedemos, não conseguimos mais textos de comunicações dos que aqui apresentamos.

Para que esta troca de experiências fosse possível, contámos com o apoio de várias entidades e embaixadas: Embaixada Real dos Países Baixos, Fundação luso-Americana para o Desenvolvimento, Instituto Britânico, Instituto das Comunicações de Portugal, Instituto Franco-Português, Instituto Goethe, Instituto Sueco (de Estocolmo), PT-Prime, Secretaria das Relações Exteriores do México e Universidade de Boston. E também da Caixa Geral de Depósitos e do Montepio Geral, a quem agradecemos.

Finalmente, uma palavra de agradecimento aos participantes no colóquio (oradores e moderadores das mesas) e, especialmente, àqueles que nos enviaram as suas comunicações escritas.

Lisboa, Outubro de 2001

Manuela Rêgo

Departamento de Cultura