Construção da estrutura da Base de Conhecimentos
Um dos maiores desafios ao trabalho da equipa de peritos que se ofereceu para apoiar o
projecto, foi a integração em tempo util das contribuições individuais de cada técnico.
Sendo todos profissionais altamente ocupados, não seria viável esta integração com
base em reuniões frequentes. Assim sendo, desenvolvi diversas ferramentas
especificamente vocacionadas para o apoio ao trabalho colectivo, para além das já
integradas no protótipo.
Eis alguns exemplos, no que respeita á conjugação de critérios de classificação de
vocabulos, e á integração das diferentes propostas de "ramos" de taxonomia, com
verificação de consistência:
Módulo de apoio á classificação integrada de grupos de vocábulos
Módulo para integração de "ramos" de taxonomia desenvolvidos separadamente
Módulo com instruções detalhadas em apoio a um trabalho colectivo consistente
Estes módulos, desenvolvidos na mesma plataforma que o protótipo ("Hypercard", para
Mac OS), permitiam a troca e conjugação de ficheiros texto simples. Esta aproximação
permitiu que os colaboradores tanto poderiam usar directamente o módulo, como
trabalhar com um processador de texto qualquer, em qualquer tipo de computador, e
depois enviar a sua contribuição por correio electrónico via internet, ou entregar em mão
uma "diskette" standard.
Compilação de Respostas
Foi compilado um conjunto de 445perguntas-tipo, quer antecipando perguntas que
poderiam surgir no decorrer da avaliação do EIA (na comissão de avaliação e na consulta
pública), quer perguntas que permitem explicar conceitos, dar informações processuais,
expôr pontos de vista e tomadas de posição (OG ou ONG), etc. Numa fase seguinte,
foram recolhidas respostas. Considerou-se desejavel procurar recolher várias respostas
por pergunta sempre que possivel, reflectindo diferentes pontos de vista, quer
complementares, quer contraditórios. Os quadros seguintes contêm a metodologia
adoptada neste trabalho e o "guião" orientador do trabalho colectivo.
Metodologia (Para recolha de perguntas e respostas) |
|
O público-alvo deste esforço incluiu responsáveis e
técnicos do promotor da obra (Valorsul), das principais Camaras Municipais
abrangidas (CMLisboa e Loures), do Ministerio do Ambiente (Sec Estado, DGA,
DRARN-LVT), Universidades e Empresas privadas na area do Ambiente. Foi igualmente
reunido um painel de peritos, de entre os colaboradores do projecto, nas
areas de: ambiente, economia, saude publica. A este público-alvo
foi pedida a sua contribuição, que podia incidir sobre um,
ou mais, dos seguintes aspectos:
|
|
a) Sobre as perguntas:
Sugerir mais perguntas, (do seu ponto de vista profissional, e pondo-se
também no lugar de diferentes audiencias do processo de AEIA); Criticar
a formulação de perguntas de que discorde (com contra-proposta
ou correcção); Sugerir aperfeiçoamentos na estrutura
de agrupamento de perguntas (propor novas categorias e sub-categorias de
perguntas, mudar perguntas para outra categoria); Dentro de cada sub-categoria,
sugerir uma hierarquia de perguntas, p.ex. do geral para o particular, do
abrangente para o especifico (as respostas podem tb sugerir outras perguntas
para quem queira aprofundar uma parte do tema). |
|
b) Sobre as respostas:
Dar respostas (quer a titulo particular, quer em nome de uma entidade);
Identificar partes exactas do EIA referentes a cada pergunta; Sugerir documentos
de apoio ou fundamentação a cada resposta (segmentos de artigos
ou livros, regulamentos, bibliografia, fotografias, videos); Identificar
entidades com responsabilidades no tema de cada resposta; Sugerir nomes
de técnicos ou decisores como possiveis respondentes. |
Guião para o trabalho colectivo (Para cada pergunta/resposta): |
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1. Indique, numa escala de 1 a 3, o grau de dificuldade técnica de
cada pergunta, na sua opinião. Identifique a categoria e sub-categoria
a que deveria pertencer a pergunta. Indique que outras perguntas a deveriam
anteceder e suceder . Sugira nomes (1 a 3) de outros possiveis respondentes. |
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2. Identificar ponto de vista assumido na resposta, eventualmente reformulando
a pergunta, i.e., p.ex. (casos tipificados):
- a) interesses particulares, privados
- b) defesa do bem-comum, interesses colectivos
- c) consultor responsável pelo EIA
- d) promotor da obra
- e) administração central e regional (MA, DGA, DRARN,
etc)
- f) administração autarquica (Camaras, Juntas de freguesia)
- g) ONG's
- h) técnico / cientista independente (e.g. Universidades, etc.)
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3. Escolher o tipo de resposta, i.e;
- a) resposta com esclarecimento directo em função do EIA
(sumário, e indice especifico de quais paginas/paragrafos/figuras);
- b) resposta com opinião critica ou tomada de posição,
a titulo particular ou em nome de uma entidade (nesse caso, indicar expressamente);
- c) resposta técnica condicional, não implicando conhecimento
do EIA (ex. se a situacao for assim e assado, então deve ser considerado
isto e aquilo, e podera' haver estas e aquelas consequencias), e com conselhos
sobre que perguntas fazer para esclarecer a uma dada questão;
- d) resposta estritamente técnica ou processual com "background
knowledge": descrição da situação corrente
(estado das coisas), explicação de conceitos, modelos, metodologias,
normas, processos, etc.
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4. Escolher o formato da resposta, i.e.:
- a) por escrito (alguns paragrafos com sumario de resposta, e eventual
documento anexo mais extenso, fotos, videos, bibliografia recomendada,
etc);
- b) entrevista video, ou gravação voz;
- c) fracção do EIA ou RNT que contem a resposta;
- d) lista de sub-perguntas a fazer para chegar a' resposta desejada.
|
Recolha de dados e respostas
Com base nesta lista de 445 questões tipo
(incluida em anexo), foram obtidas então respostas a algumas dessas
questões por parte de vários decisores e técnicos,
cuja colaboração foi essencial para o sucesso desta fase.
Eis os autores:
Engª. Ana Teresa Chinita (SEIA); Drª. Angela
Cacciarru (UNL), Drª. Beatriz Chito (DRA-LVT); Engª. Dulce Passaro
(DGA); Engª. Fátima Neo (S.M. Loures); Prof. João Joanaz
de Melo (GEOTA); Dr. João Soares (C.M. Lisboa); Adm. José
Manuel Abrantes (S.M. Loures); Prof. José Manuel Palma (QUERCUS);
Eng. Luis Alves (Valorsul); Engª. Madalena Presumido (PLE); Engª.
Maria da Conceição Pereira (LPN); Engª. Maria João
Leite (DGA); Engª. Paula Gama (INETI); Eng. Rui Berkemeier (QUERCUS);
Eng. Rui Godinho (C.M. Lisboa); Drª. Vitória Bruno da Costa
(DRA-LVT)
As suas respostas (umas a titulo particular, outras em representação
de entidades), foram inseridas no sistema quer sob a forma de segmentos
de video digital, quer sob a forma de resumos textuais, por vezes ilustrados
com fotografias e outros documentos de apoio. Na tabela seguinte contém
a relação das respostas através de video:
Entrevistado |
Ficheiro video |
Cod |
Texto da Pergunta |
Dulce Passaro (DGA) |
DP tendencia UE RSU vd |
A 3 |
Quais as tendências a nível comunitário (UE)da área
de tratamento de resíduos sólidos urbanos (RSU)? |
Dulce Passaro (DGA) |
DP compostagem em pt vd |
A 8 |
Que experiencia existe em Portugal quanto a compostagem de RSU? |
Dulce Passaro (DGA) |
DP o que é compostagem vd |
J 3 |
O que é a compostagem de RSU? |
Fatima Neo (SM Loures) |
FN que acontece ao lixo vd |
A 4 |
O que e' que acontece ao lixo depois do cidadão o colocar no contentor? |
Fatima Neo (SM Loures) |
FN compostagem em pt vd |
A 8 |
Que experiencia existe em Portugal quanto a compostagem de RSU? |
Fatima Neo (SM Loures) |
FN taxas reciclagem vd |
A 16 |
Quais são actualmente as taxas de reciclagem de RSU na área
de intervenção da ValorSul? |
Fatima Neo (SM Loures) |
FN vantagens incineracao vd |
B III 1 |
Qual a vantagem da opção "incineração"
relativamente à de "deposição em aterro"? |
Fatima Neo (SM Loures) |
FN RSU area valorsul vd |
A 1 |
Qual o destino actual dos RSU na área de intervenção
da Valorsul? |
João Joanaz de Melo (GEOTA) |
JJ O estudo corresponde vd |
B I 1 |
Qual o objectivo do projecto em estudo? |
João Joanaz de Melo (GEOTA) |
JJ O estudo corresponde vd |
I I 18 |
Deve considerar-se que o estudo agora em discussão corresponde de
facto a uma avaliação de impacte ambiental dum sistema de
gestão de resíduos? |
João Joanaz de Melo (GEOTA) |
JJ O geota favor contra vd |
I II 9 |
As ADAs são a favor ou contra a incineração de RSU? |
João Joanaz de Melo (GEOTA) |
JJ Para que serve vd |
I I 1 |
Para que serve a minha opinião se ja' foi decidido o local do projecto
e o tipo de tratamento a dar aos residuos solidos? |
João Soares (CM Lisboa) |
JS controle pela população vd |
I III 40 |
Como é possível aumentar o controlo sobre o processo por parte
da população? |
João Soares (CM Lisboa) |
JS necessidade informação vd |
I III 19 |
Qual é a informação que deve ser dada ao público
nos casos de instalação duma incineradora? |
João Soares (CM Lisboa) |
JS necessidade informação vd |
I III 20 |
O que é que pode ser feito para melhorar a forma como as populações
recebem a informação do risco do projecto? |
João Soares (CM Lisboa) |
JS Serviço informação vd |
I III 20 |
O que é que pode ser feito para melhorar a forma como as populações
recebem a informação do risco do projecto? |
Entrevistado |
Ficheiro video |
Cod |
Texto da Pergunta |
João Soares (CM Lisboa) |
JS tipo de informação vd |
I III 19 |
Qual é a informação que deve ser dada ao público
nos casos de instalação duma incineradora? |
João Soares (CM Lisboa) |
JS tipo de informação vd |
I III 20 |
O que é que pode ser feito para melhorar a forma como as populações
recebem a informação do risco do projecto? |
José M.Palma (Quercus) |
JMP outra incineracao vd |
I II 5 |
Qual a posição das ONG sobre a opção incineração
com recuperação de energia como forma de resolver o problema
dos RSU da Amadora, Lisboa, Loures e V. F. de Xira? |
José M.Palma (Quercus) |
JMP outra incineracao vd |
I II 9 |
As ADAs são a favor ou contra a incineração de RSU? |
José M.Palma (Quercus) |
JMP compostagem individual vd |
J 3 |
O que é a compostagem de RSU? |
José M.Palma (Quercus) |
P que fazer ao lixo vd |
C II 9 |
Seria possível fazer simultaneamente compostagem e incineração
para os RSU dos 4 concelhos? |
José M.Palma (Quercus) |
P que fazer ao lixo vd |
C II 1 |
Que destinos é que se podem dar aos RSU para além da incineração? |
José M.Palma (Quercus) |
JMP outra incineracao vd |
C II 11 |
A incineração é compatível com outras formas
de gestão de RSU? |
José M.Palma (Quercus) |
JMP outra incineracao vd |
H I 1 |
Quais os critérios estabelecidos para decidir da necessidade de ampliação
para uma 4ª linha de incineração? |
José Manuel Abrantes (SM Loures) |
JMA quais as fontes de ruido vd |
A 26 |
Quais as fontes de ruido já existentes na zona? |
José Manuel Abrantes (SM Loures) |
JMA quais as fontes de ruido vd |
A 27 |
Prevê-se alteração do ruido gerado pelas fontes já
existentes na zona? |
José Manuel Abrantes (SM Loures) |
JMA destino actual vd |
A 1 |
Qual o destino actual dos RSU na área de intervenção
da Valorsul (Amadora; Lisboa; Loures e Vila Franca de Xira)? |
Madalena Presumido (PLE) |
MP consulta para que vd |
I I 1 |
Para que serve a minha opinião se ja' foi decidido o local do projecto
e o tipo de tratamento a dar aos residuos solidos? Não foi já
adjudicado o projecto e a construção da incineradora? |
Madalena Presumido (PLE) |
MP prioridades RSU vd |
A 20 |
Quais são as prioridades na gestão de RSU? |
Madalena Presumido (PLE) |
MP redefinir estrategia vd |
B II 1 |
Qual é a estratégia de gestão de RSU proposta pela
VALORSUL? |
Madalena Presumido (PLE) |
MP redefinir estrategia vd |
C 0 1 |
Há alternativas ao projecto? Quais? |
Maria Conceição Pereira (LPN) |
MCP estratégia dos 3 Rs vd |
C II 1 |
Que destinos é que se podem dar aos RSU para além da incineração? |
Maria Conceição Pereira (LPN) |
MCP O que é a compostagem vd |
J 3 |
O que é a compostagem de RSU? |
Paula Gama (INETI) |
PG Destino residuos vd |
B II 7 |
Qual o destino dos resíduos não incineráveis? |
Paula Gama (INETI) |
PG opcoes alem incineracao vd |
C II 1 |
Que destinos é que se podem dar aos RSU para além da incineração? |
Rui Godinho (CM Lisboa) |
RG experiência triagem vd |
A 6 |
Que experiencia existe em Portugal quanto a triagem/reciclagem de RSU? |
Rui Godinho (CM Lisboa) |
RG experiência triagem vd |
J 5 |
O que é a triagem de RSU? |
Rui Godinho (CM Lisboa) |
RG experiência triagem vd |
J 5.1 |
Como funciona uma estação de triagem de RSU? |
Rui Godinho (CM Lisboa) |
RG porque incineracao vd |
B III 2 |
Qual a vantagem da opção "incineração"
em relação à compostagem? |
Rui Godinho (CM Lisboa) |
RG porque incineracao vd |
B II 1 |
Qual é a estratégia de gestão de RSU proposta pela
VALORSUL? |
Lista de Videos com excertos de entrevistas em resposta
a questões no IMS
Digitalização e inserção de dados no sistema
Além das respostas ás perguntas-tipo, foi feito um esforço
considerável para recolher fotografias e outros videos de apoio,
com respectiva digitalização, por forma a poder testar as
potencialidades de um sistema multimedia. Para esse efeito, foi pedida a
colaboração de diversas entidades (enunciadas n fim do relatório),
que forneceram prontamente valiosos elementos, incluindo fotografias e videos
com multiplos exemplos nacionais (e.g. TRUSET, C.M. Lisboa) e internacionais
(e.g. experiência de gestão de RSU na Dinamarca). Além
de cerca de 45 imagens extraidas do EIA apresentado pela Valorsul, as tabelas
incluidas em anexo listam os principais elementos recolhidos.
A titulo ilustrativo, transcreve-se aqui uma dessas tabelas:
Ficheiro video |
Legenda |
Keywords |
dk3 air polution control |
Resíduos e controle de poluição atmosférica |
resíduos; controle de poluição; atmosférica |
dk3 battery recicling |
Deitando pilhas para contentor de recolha |
reciclagem; pilhas |
dk3 bottom ash |
Definição de cinzas ("bottom ash") |
cinzas |
dk3 improve bottom ash |
Projectos de investigação para melhoramento da qualidade das
cinzas |
cinzas |
dk3 incineration control |
Descrição dos mecanismos de controle da poluição
resultante da incineração |
controle de poluição da água
redução das emissões
metais pesados
gases de combustão |
dk3 incineration overview |
Descrição geral de métodos de processamento de resíduos
e apresentação do método de incineração |
residuos
incineração |
dk3 reutilizing bottom ash |
Reutilização de cinzas ("bottom ash") nomeadamente
na construção de estradas após controle de qualidade. |
cinzas
controle de poluição da água |
dk3 scrap iron |
Remoção de restos de metal (scrap iron) geralmente reciclados |
reciclaveis
reciclar |
dk3 sort at source |
Separação de resíduos na fonte para reciclagem ou melhoramento
do processo de incineração por uniformização
dos residuos a incinerar |
recolha de resíduos
triagem
temperatura
separação na origem |
dk3 uncombusted waste |
composição do material não incinerado ("bottom
ash" e "uncombusted waste") |
cinzas
escorias |
Lista de excertos de videos sobre a experiência dinamarquesa
com incineração de RSU
incluidos no protótipo IMS
Publicação e debate na Internet
Pela sua natureza, a Internet é um dos factores que maior impacto
pode vir a ter, num futuro não muito distanciado, para um processo
de avaliação e consulta pública de estudos de imapcte
ambiental. Como tal, este projecto não poderia deixar de integrar
uma componente baseada na Internet.
Desde há alguns anos a esta parte, milhares de portugueses espalhados
pelo mundo usam a Internet para se manter em contacto, e trocar pontos de
vista sobre multiplos assuntos, por vezes em aceso debate. E' por isso particularmente
interessante recolher elementos sobre as condições em que
se processam estes debates, e a sua relação com a especificidade
do meio, como é o caso do debate na pt-net sobre o tema
da incineração de resíduos em Portugal.
Assim começou o debate na pt-net, uma lista de correio
electronico com mais de uma centena de portugueses a residir em diversos
países, ligados pela internet (a transcrição integral
do debate foi incluida em anexo, após pedir, naturalmente, autorização
aos participantes)
Debate na internet:
From daemon@inesc.inesc.pt Fri Apr 7 03:43:39 1995
To: pt-net@inesc.pt
Subject: Algo de interesse....
Date: Fri, 07 Apr 1995 09:12:58 +0200
From: Jorge Miguel Ferreira Alves <Jorge.Alves@inesc.pt>
Gostava de lancar aqui um tema de discussao minimamente
interessante:
qual 'e a opiniao dos respeitaveis pt-netianos sobre
a estacao de tratamento de residuos toxicos?? ponho esta questao apos ter
visto ontem num noticiario as seguintes duas noticias:
- Manifestacoes da populacao das localidades onde potencialmente
se pode vir a intalar a estacao de tratamento de residuos toxicos
- Algures no pai's ( esta noticia nao a vi desde o
inicio.. ) uma lixeira a ce'u aberto no meio duma floresta que ameaca contaminar
o solo.. ( bem sei que isto assim 'e incompleto, mas vale pela situacao..
)
O que 'e que 'e melhor? Continuarmos a ter lixeiras
a ceu aberto, ou arranjarmos maneira de ter em algum, sitio uma incineradora?
Jorge |
Date: Fri, 7 Apr 1995 10:51:40 +0200 (LISBOAHV)
From: Sergio Mendes <mdelta@cc.fc.ul.pt>
To: Jorge Miguel Ferreira Alves <Jorge.Alves@inesc.pt>
Cc: pt-net@inesc.pt
Subject: Re: Algo de interesse.... SOLOS:
- E um bocado chato ter um aterro a porta de casa mas
por outro lado acordar de manha com o "belo" aroma de lixo acabado
de incinerar . Acho que qualquer uma das hipoteses nao e propriamente desejavel.
Porem temos que fazer algo acerca dos nossos lixos nao so industriais,
mas tambem urbanos. Creio que a solucao nao esta nas nossas maos.....
|
From: hupe@sara.nl
Subject: Re: Algo de interesse....
To: Jorge.Alves@inesc.pt, mdelta@cc.fc.ul.pt
Cc: pt-net@inesc.pt
X-Envelope-To: Jorge.Alves@inesc.pt, pt-net@inesc.pt
A solucao estas nas maos de quem?
Drs. Maruska Hupe-Guimaraes |
Com o apoio do IPAMB, que tomou a iniciativa de passar a publicar os resumos não
técnicos na Internet, e que disponibilizou um "email" para envio de opiniões e perguntas,
foi possivel transformar este caso numa experiência pioneira em Portugal.
EIA da Valorsul na Internet
Tendo em conta a preocupação de manter o maior equilibrio possivel no conjunto das
unidades "pergunta-resposta", e considerando o papel central do EIA apresentado pela
Valorsul neste processo, consegui igualmente assegurar a inclusão no sistema cerca de
260respostas extraidas directamente do EIA.
Graças ao apoio e colaboração da Valorsul, que suportou os custos de indexação e
publicação na Internet destas perguntas, foi possivel ampliar a experiência de utilização
da Internet. Desta forma, uma equipa de profissionais coordenada por mim, criou um
"web site" para a Valorsul incluindo 280"páginas" HTML, com 46imagens. Um
pequeno extracto deste "web site" (o volume total equivale a mais de 600páginas A4!)
vem incluido em anexo do relatório. A titulo de ilustração, apresenta-se aqui uma parte da
"página" principal:
Bem vindo à primeira experiência de apresentação
detalhada de um Estudo de Impacte Ambiental (EIA) através da Internet,
complementando a consulta pública oficial. Nesta página pode
encontrar:
Indice Geral de Perguntas | Explicação
do Sistema | Outras fontes de informação
Explicação do sistema
Este sistema consiste em cerca de três centenas de perguntas -- e as respectivas
respostas -- sobre diversos aspectos do Projecto e do respectivo EIA.
- As perguntas abrangem questões sobre a situação
actual, a caracterização do projecto, alternativas consideradas,
impactes, risco, medidas de minimização e mitigação
e / ou compensação, decisões em causa, e a participação
do publico no processo. As perguntas-tipo foram compiladas por uma equipa
independente, no âmbito do projecto "IMS" (ver página
do projecto IMS para mais informações).
- As respostas consistem quer em extractos do EIA agora
em avaliação, quer em textos da iniciativa da Valorsul,
que é a entidade promotora do projecto. Cada resposta tem um indicador
da sua natureza:
- Não Técnica - Mais ou menos Técnica
- Técnica
- O acesso está garantido através de uma
estrutura de indices (Geral e por Secção). Todas as paginas
dispõem de ligações de retorno aos indices e a esta
página.
- O inquérito referenciado é da iniciativa (e
exclusiva responsabilidade) da equipa do projecto IMS. Sugere-se que responda duas vezes a este
inquérito, antes e depois de ver as respostas ás perguntas que lhe interessarem. Não é preciso identificar-se. O inquérito destina-se exclusivamente a auxiliar a investigação cientifica em curso, com vistas a melhorar o aproveitamento da internet para este tipo de consultas.
Não é, de forma alguma, obrigatório responder
a este inquérito para poder consultar o sistema.
Indice Geral de Perguntas
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